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sábado, 6 de agosto de 2011

O ZELADOR DA FONTE!!!

O ZELADOR DA FONTE

    Conta uma lenda austríaca que em determinado povoado havia um pacato habitante da floresta que foi contratado pelo conselho municipal para cuidar das piscinas que guarneciam a fonte de água da comunidade.

    O cavalheiro com silenciosa regularidade, inspecionava as colinas, retirava folhas e galhos secos, limpava o limo que poderia contaminar o fluxo da corrente de água fresca.

    Ninguém lhe observava as longas horas de caminhada ao redor das colinas, nem o esforço para a retirada de entulhos.

    Aos poucos, o povoado começou a atrair turistas. Cisnes graciosos passaram a nadar pela água cristalina.

    Rodas d`água de várias empresas da região começaram a girar dia e noite.

    As plantações eram naturalmente irrigadas, a paisagem vista dos restaurantes era de uma beleza extraordinária.

    Os anos foram passando. Certo dia, o conselho da cidade se reuniu, como fazia semestralmente.

    Um dos membros do conselho resolveu inspecionar o orçamento e colocou os olhos no salário pago ao zelador da fonte.

    De imediato, alertou aos demais e fez um longo discurso a respeito de como aquele velho estava sendo pago há anos, pela cidade.

    E para quê? O que é que ele fazia, afinal? Era um estranho guarda da reserva florestal, sem utilidade alguma.

    Seu discurso a todos convenceu. O conselho municipal dispensou o trabalho do zelador.

    Nas semanas seguintes, nada de novo. Mas no outono, as árvores começaram a perder as folhas.

    Pequenos galhos caíam nas piscinas formadas pelas nascentes.

    Certa tarde, alguém notou uma coloração meio amarelada na fonte.

    Dois dias depois, a água estava escura.

    Mais uma semana e uma película de lodo cobria toda a superfície ao longo das margens.

    O mau cheiro começou a ser exalado. Os cisnes emigraram para outras bandas. As rodas d'água começaram a girar lentamente, depois pararam.

    Os turistas abandonaram o local. A enfermidade chegou ao povoado.

    O conselho municipal tornou a se reunir, em sessão extraordinária e reconheceu o erro grosseiro cometido.

    Imediatamente, tratou de novamente contratar o zelador da fonte.

    Algumas semanas depois, as águas do autêntico rio da vida começaram a clarear. As rodas d`água voltaram a funcionar.

    Voltaram os cisnes e a vida foi retomando seu curso.

    * * *

    Assim como o conselho municipal da pequena cidade, somos muitos de nós que não consideramos determinados servidores.

    Aqueles que se desdobram todos os dias para que o pão chegue à nossa mesa, o mercado tenha as prateleiras abarrotadas.

    Que os corredores do hospital e da escola se mantenham limpos.

    Há quem limpe as ruas, recolha o lixo, dirija o ônibus, abra os portões da empresa.

    Servidores anônimos. Quase sempre passamos por eles sem vê-los.

    Mas, sem seu trabalho o nosso não poderia ser realizado ou a vida seria inviável.

    O mundo é uma gigantesca empresa, onde cada um tem uma tarefa específica, mas indispensável.

    Se alguém não executar o seu papel, o todo perecerá.

    Dependemos uns dos outros. Para viver, para trabalhar, para sermos felizes!


    Pensemos nisso!


(Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap.  O zelador da fonte, de Charles R.  Swindoll, do livro histórias para o coração, de Alice Gray, ed.  United Press. )

Um comentário:

  1. Nyce, você não faz idéia do quanto aquele texto “Às Três Senhoras” significa para mim. Lindo “O Zelador da Fonte”! Realmente é algo para pensarmos com muita atenção. Abraço, Nyce! Bom domingo, minha querida amiga!

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