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domingo, 28 de outubro de 2012

A rotina...

Rotina.

“Parem de falar mal da rotina/parem com esta sina anunciada/de que tudo vai mal porque se repete”.
Versos de Elisa Lucinda.
“Parece, mas não se repete/não pode repetir/é impossível/o ser é outro/o dia é outro/a hora é outra/e ninguém é tão exato”.
Acordar, tomar banho, trabalhar, voltar pra casa… parece tédio, mas é apenas rotina, e a nossa rotina quem cria somos nós mesmos. Depende de nós testar percursos diferentes para chegar aos mesmos lugares, comer algo nunca antes provado, vestir uma cor que até então não nos atrevíamos, telefonar para um amigo sumido, ler um livro há séculos abandonado na estante, dançar sozinho no meio da sala. Rotinas podem ser reinventadas, rotinas podem ser quebradas, rotinas podem ser curtidas, rotinas são sempre escolhidas. Reclamar dela é miopia: o alvo da crítica é, na verdade, nossa preguiça em fazer as coisas de outro modo, de arriscarmos umas diferenças.
Na rotina de Elisa Lucinda está a poesia, o teatro e uma vitalidade  contagiante. É uma mulher que faz pensar, que faz rir, que faz chorar, e que coloca nisso tudo uma energia que transborda. Ela lida com versos como se eles fossem a coisa mais trivial do mundo, tão rotineiros (e essenciais) como o pãozinho na mesa do café. Escreve e diz o que escreve, e sente o que diz, e vive o que sente. O ciclo se fecha, não há por onde escapar, ela está totalmente dentro dela mesma, 100% íntegra em relação à sua dor, ao seu amor e ao seu humor. Eu a chamo de furacão Elisa, e ela realmente faz ventar por onde passa.
Hoje à noite, se eu não tivesse que estar em São Paulo, estaria  sentadinha no Teatro São Pedro, para assistir ao espetáculo “Parem da Falar Mal da Rotina,” que ela já apresentou com sucesso em várias capitais do país. Dizem que a gente sai do teatro com vontade de realizar coisas, de recuperar projetos cancelados, retomar planos que caíram no esquecimento. Eu não duvido. Porque a rotina da gente só é chata se a gente não tem inspiração, e Elisa Lucinda sabe inspirar. Sabe cutucar a onça. “Nunca ouvi ninguém falar mal de determinadas rotinas: chuva, dia azul, crepúsculo, primavera, lua cheia, céu estrelado, barulho do mar”. Certas repetições são sublimes, segundo ela. “São nossos óbvios de estimação”. Ninguém nos impõe nada, nossa rotina é leve ou pesada de acordo com nossa capacidade de gerenciar a própria vida e de ver graça nela, do jeito repetitivo que ela é, e ao mesmo tempo sempre inédita.
Martha Medeiros


Lendo essa crônica da Martha Medeiros, fiquei aqui refletindo! Não consigo entender os motivos que nos levam a falar mal da rotina... Fiquei pensando no por do Sol, na lua linda acompanhada de estrelas numa noite clara, onde o céu parece acenar para nós! Veio forte a lembrança das águas cristalinas correndo sem dizer para onde vão, lindamente seguindo uma rotina que dia  após dia se repete. Quando a Primavera chega, as flores parecem dançar, sempre perfumando e enfeitando, rotineiramente, ano após ano... Campos verdejantes, árvores orvalhadas, caminhos conhecidos e outros a serem descobertos!  Lembrei de vários dias felizes que gostaria de eternizar...doce rotina!

 Olha cheguei a conclusão: "Gosto muito da rotina" e como diz os versos de "Elisa Lucinda"
“Parece, mas não se repete/não pode repetir/é impossível/o ser é outro/o dia é outro/a hora é outra/e ninguém é tão exato”.

Feliz domingo!
Abraços...
Nice.


domingo, 21 de outubro de 2012

GRATIDÃO!

Poema da Gratidão
Senhor Jesus, muito obrigada!
Pelo ar que nos dás,
Pelo pão que nos deste,
Pela roupa que nos veste,
Pela alegria que possuímos,
Por tudo de que nos nutrimos.
Muito obrigada, pela beleza da paisagem,
Pelas aves que voam no céu de anil,
Pelas Tuas dádivas mil!
Muito obrigada, Senhor!
Pelos olhos que temos...
Olhos que vêm o céu, que vêm a terra e o mar,
Que contemplam toda beleza!
Olhos que se iluminam de amor
Ante o majestoso festival de cor
Da generosa Natureza!
E os que perderam a visão?
Deixa-me rogar por eles
Ao Teu nobre Coração!
Eu sei que depois desta vida,
Além da morte,
Voltarão a ver com alegria incontida...
Muito obrigada pelos ouvidos meus,
Pelos ouvidos que me foram dados por Deus.
Obrigada, Senhor, porque posso escutar
O Teu nome sublime, e, assim, posso amar.
Obrigada pelos ouvidos que registram:
A sinfonia da vida,
No trabalho, na dor, na lida...
O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,
As lágrimas doridas do mundo inteiro
E a voz longínqua do cancioneiro...
E os que perderam a faculdade de escutar?
Deixa-me por eles rogar...
Eu sei que no Teu Reino voltarão a sonhar.
Obrigada, Senhor, pela minha voz.
Mas também pela voz que ama,
Pela voz que canta,
Pela voz que ajuda,
Pela voz que socorre,
Pela voz que ensina,
Pela voz que ilumina...
E pela voz que fala de amor,
Obrigada, Senhor!
Recordo-me, sofrendo, daqueles
Que perderam o dom de falar
E o teu nome sequer podem pronunciar!...
Os que vivem atormentados na afasia
E não podem cantar nem à noite, nem ao dia...
Eu suplico por eles
Sabendo que mais tarde,
No Teu Reino, voltarão a falar.
Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhas
Alavancas da ação, do progresso, da redenção.
Agradeço pelas mãos que acenam adeuses,
Pelas mãos que fazem ternura,
E que socorrem na amargura;
Pelas mãos que acarinham,
Pelas mãos que elaboram as leis
E pelas que as feridas cicatrizam
Retificando as carnes partidas,
A fim de diminuírem as dores de muitas vidas!
Pelas mãos que trabalham o solo,
Que amparam o sofrimento estancam lágrimas,
Pelas mãos que ajudam os que sofrem,
Os que padecem...
Pelas mãos que brilham nestes traços,
Como estrelas sublimes fulgindo nos meus braços!
...E pelos pés que me levam a marchar,
Ereto, firme a caminhar,
Pés da renúncia que seguem
Humildes e nobres sem reclamar.
E os que estão amputados, os aleijados,
Os feridos e os deformados,
Os que estão retidos na expiação
Por crimes praticados noutra encarnação,
Eu rogo por eles e posso afirmar
Que no Teu Reino, após a lida
Desta dolorosa vida,
Poderão bailar
E em transportes sublimes com os seus braços também afagar.
Sei que lá tudo é possível
Quando Tu queres ofertar,
Mesmo o que na Terra parece incrível!
Obrigada, Senhor, pelo meu lar,
O recanto de paz ou escola de amor,
A mansão de glória
Ou pequeno quartinho,
O palácio ou tapera, o tugúrio ou a casa de miséria!
Obrigada, Senhor, pelo amor que eu tenho e
Pelo lar que é meu...
Mas, se eu sequer
Nem um lar tiver
Ou teto amigo para me abrigar
Nem outra coisa para me confortar,
Se eu não possuir nada,
Senão as estradas e as estrelas do céu,
Como sendo o leito de repouso e o suave lençol,
E ao meu lado ninguém existir, vivendo e chorando sozinho ao léu...
Sem um alguém para me consolar
Direi, cantarei, ainda:
Obrigada, Senhor, porque te amo e sei que me amas,
Porque me deste a vida
Jovial, alegre, por Teu amor favorecida...
Obrigada, Senhor, porque nasci,
Obrigada, porque creio em Ti.
·E porque me socorres com amor,
Hoje e sempre,
Obrigada, Senhor!

Autor:
Divaldo Pereira Franco ( médium )
Amélia Rodrigues ( espírito )



Poema da gratidão! Belíssimo! Depois deste poema/prece, agradecida ao Senhor da Vida, desejo a todos um domingo muito feliz! Paz, amor, alegria, fé, esperança, fraternidade, harmonia e muita gratidão...sempre!
Um abraço.
Nice.

sábado, 13 de outubro de 2012

Aniversário da Mãe...

Mãe!!!

Você que me deu o bem mais precioso! A vida!
Esperou-me com tanto carinho.
Me ensinou os primeiros passos.

As primeiras palavras.
As lembranças mais antigas que tenho em você,
È a sua mão segurando a minha para me dar proteção.

Sua voz doce, cantando cantigas de ninar, me fazendo dormir e sonhar.
Um sonho sereno, tranquilo, sabendo que você estaria ali a me proteger.

Você que lutou, sorriu, chorou.
Mas não deixou a amargura tomar conta de seu coração.
Você que me ensinou a ser mulher, mas continuar com meus sonhos de criança.
A ser forte, sem ser amarga.

Abrir meus caminhos, tomando sempre cuidado com as plantinhas ao redor.

Com você aprendi a ser gente!
Que respeita gente!

Aprendi a ter fé, aprendi a aceitar os defeitos das pessoas.
Aprendi que o amor tem que ser incondicional.

Minhas melhores lembranças, são as que você cria todos os dias...
No amor que sinto em tudo o que você faz.

No brilho do seu olhar.

MÃE... Que Deus a proteja sempre, te ilumine, te de forças para continuar sua batalha.
E que eu possa sempre sentir e ter esse amor maior em todos os momentos de minha vida.

(desconheço a autoria da mensagem acima, mas com toda certeza é o que nos filhos, queremos dizer a nossas mães, sempre...)


Não tem palavras que descrevam o amor e a gratidão imensa, que temos por nossas Mães, claro que nossos Pais também estiveram presentes na nossa vida e foi juntos que nos oportunizaram a volta ao mundo material!
Mas como ficamos um "tempo precioso" literalmente vivendo com elas, sentindo e recebendo tudo que precisamos para irmos crescendo até a hora do renascimento, existe um vínculo, uma cumplicidade, as vezes até um apego demasiado (que não é bom) com a Mãe! Devemos aprender a amar todos os dias, sem apegos desnecessários e que não fazem bem, vamos aprendendo e amando...
Por isso no dia do aniversário da Mãe, dediquei a mensagem a ela, sabendo que diz só um pouquinho, de tudo que eu quero dizer!

FELIZ ANIVERSÁRIO MÃE! SEJA MUITO FELIZ SEMPRE!

Nice.

sábado, 6 de outubro de 2012

Linda mensagem... Vamos refletir!

Nadando contra a correnteza de Gabriel Chalita.


Experimentamos, na vida, todos os tipos de sensações e provações. Trilhamos caminhos que ora são acolhedores, ora são profundamente dolorosos. Ritualizamos momentos. Celebramos aniversário, formatura, novo emprego, prêmios, aprovações em concursos, defesas de teses, casamento. De outro lado, separações, mortes, demissões, injustiças, inveja, mentiras. O riso ou as lágrimas convivem conosco. A euforia e o desânimo também. E, assim, vamos nos construindo, nos educando.
No processo de crescimento, os exemplos de vida nos ajudam a melhorar a nossa disposição para a própria vida. A vida que passa muito rapidamente, ou não, nos dizeres de Cora Coralina:
Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
A educação depende da capacidade que temos de tocar o coração das pessoas. E isso se dá de muitas maneiras. Uma delas ocorre quando apresentamos modelos de vida. Não modelos perfeitos, mas pessoas que se notabilizaram por vencer os obstáculos e perseguir a meta.
A biografia de Gabrielle Chanel ou Coco Chanel mostra a saga de uma menina que tendo a mãe morta é deixada no orfanato pelo pai. Quando este parte, ela olha pela porta semiaberta desejosa de que ele olhe pelo menos mais uma vez para trás. Ele não olha e nunca volta para buscá-la. E ela, ritualmente, se arrumava todos os domingos para a tão esperada visita. Sofreu muito a menina. Sofreu muito a mulher. Sofreu muito a madura Chanel para reerguer-se depois da guerra. Certa vez, ela confessou: “a força se constrói com fracassos, não com sucessos”.
A vida de Nelson Mandela é um tesouro para a educação. Sua fé na justiça, apesar das injustiças. Sua perseverança na liberdade, apesar da prisão. Seu sonho de construir uma nação em que a cor da pele não desse o tom do respeito. Usou de todas as forças possíveis para que o seu povo celebrasse o sonho antevisto por Luther King, outro referencial.
Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter.
Quando apresentamos biografias aos nossos alunos, permitimos que percebam, com mais cuidado, a riqueza da vida talhada em momentos mais fáceis e em momentos mais difíceis. Mostrar o sucesso apenas é desconsiderar os muitos fracassos que haverão de viver os nossos aprendizes. Preparar para o fracasso parece um paradoxo para quem prepara para a vida. Mas não é. Quantos fracassos viveram Chanel ou Mandela? Mas persistiram porque foram talhados para a luta. Em um mundo cheio de competições, em que as pessoas acabam sendo descartadas sem muita cerimônia, em que os empregos não são definitivos, educar para a adversidade faz parte do escopo essencial da relação de ensino e aprendizagem.
Sempre defendi que humanizássemos os autores para que a literatura fosse mais sedutora. Quem conhece a biografia de Machado de Assis contempla sua obra com mais entusiasmo. Quem sofre com Castro Alves as dores da ausência da liberdade contempla como o mesmo olhar de pássaro a nau composta de escravos e a dor com que o poeta clama aos céus.
A literatura dialoga com a história que dialoga com a vida. As ciências também tratam da vida como a geografia. As novas línguas que aprendemos abrem janelas para outras possibilidades. É tudo real. O conhecimento e a aprendizagem acontecem como a vida acontece. E libertam com o poder de tirar dos porões o oprimido, era esse o sonho de Paulo Freire.
Os educadores têm de ter em mente esse desafio, apresentar vidas para que as vidas dos aprendizes tenham ainda mais significado. Há um filme, recentemente lançado, “Sempre ao seu lado” que começa em uma sala de aula em que os alunos têm de contar a história de um grande herói. E um menino começa a falar do cachorro do seu avô.   E o relato vai emocionando a sala porque há algo de fascinante na fidelidade do cachorro. Sua espera. O dono, um professor de música, nunca mais haveria de voltar. Mas o seu oficio era o de esperar. E as pessoas iam aprendendo com a “sabedoria” canina. E compreendendo o seu desejo de liberdade e de ternura a quem ele escolheu para servir.
Há heróis anônimos. E certamente os alunos conhecem alguns deles. Essa é uma experiência que vale a pena. Misturar biografias conhecidas com histórias do quarteirão. Vidas sempre têm importância. Algumas conseguem notoriedade outras mudam mundos em um cantinho qualquer do mundo.
Esse é o antídoto que temos contra a destruição dos valores humanos. É nadando contra a correnteza que fortalecemos os nossos músculos morais e temperamos nosso caráter com dignidade e ternura. Nós, educadores, podemos fazer a diferença. Vale a pena experimentar… concursos, defesas de teses, casamento. De outro lado, separações, mortes, demissões, injustiças, inveja, mentiras. O riso ou as lágrimas convivem conosco. A euforia e o desânimo também. E, assim, vamos nos construindo, nos educando...



"E, assim, vamos nos construindo, nos educando..."

É assim que vamos crescendo, evoluindo, como espíritos imortais a caminho da perfeição relativa!!!
Que os desáfios sejam convites, e que entusiamados, nós aceitemos esse convite... Vamos viver intensamente e sempre acreditar que ser feliz é possível sim...
Tudo no Universo conspira a nosso favor, se temos a vontade firme, a fé, a esperança e a certeza da felicidade real!
Um abraço e carinho sempre...
Nice.