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domingo, 26 de fevereiro de 2012

FELICIDADE REALISTA

Mário Quintana

A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos  conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar  pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente  apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes  inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos  sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que  saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de  criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato,   amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta   demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

4 comentários:

  1. Oi querida.
    Estou a te agradecer as visitas e o bom ânimo. Esta é uma felicidade da que nos fala o grande Mario Quintana. Não essa felicidade de furor que buscam as almas jovens, mas, a tranquila felicidade que almejam almas mais antigas. Parabéns pelas escolhas dos textos. Um grande abraço.

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  2. Super lucidas as palavras de Quintana.
    Nyce minha querida, fiquei muito feliz em ter sua companhia neste me recanto, sinta-se carinhosamente acolhida por aqui, viu?
    Adorei seu Blog, estarei te linkando pra te acompanhar mais de perto.
    Beijinhos e ótima semana
    Valéria

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  3. Amei seu blog...
    parabens... vpltarei depois ta
    bjos no coraçao

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  4. Oi minha querida, voltando hoje pra te desejar um feliz dia, beijinhos...
    Valéria

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