"OUVIR ESTRELAS"
"'Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!' E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
Perdeste o senso!' E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: 'Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?'
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?'
E eu vos direi: 'Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.' "
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.' "
( Olavo Bilac - Poesias/ Via-Láctea - 1865/1918 )
Magnífico Olavo Bilac, linda! Parabéns por mais esta escolha iluminada. Mas tenho que lhe dizer algo. Quero dizer para que não se engane comigo, Nyce. Venho ao seu blog por puro e simples interesse. Venho interessado em sua amizade. Venho interessado em sua atenção. Venho interessado em seus maravilhosos comentários. Venho interessado em sua luz aqui e lá, minha querida Nyce. Abraço e muito obrigado por tudo!
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