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sábado, 29 de setembro de 2012

Autoconhecimento...

Sobre o Autoconhecimento.

Então um homem disse: Fala-nos do Autoconhecimento.
E ele respondeu, dizendo:
Os vossos corações conhecem em silêncio os segredos dos dias e das noites.
Mas os vossos ouvidos anseiam pelo som do conhecimento do vosso coração.
Vós sabeis por palavras aquilo que sempre soubestes em pensamento.
Tocais com a ponta dos dedos o corpo nu dos vossos sonhos.
E ainda bem que assim é.
A nascente oculta da vossa alma deve erguer-se e correr a murmurar para o mar, e o tesouro das vossas profundezas infinitas será revelado perante os vossos olhos.
Mas que não haja medidas para pesar o vosso tesouro desconhecido;
E não procureis as profundezas do vosso conhecimento com limites.
Pois o ser em si não tem limites nem medidas.
Não digais "Encontrei a verdade", mas antes "Encontrei uma verdade."
Não digais "Encontrei o caminho para a alma", mas antes "Encontrei a alma a seguir o meu caminho''.
Pois a alma percorre todos os caminhos.
A alma não percorre uma linha, nem cresce como um caniço.
A alma desvenda-se a si própria como um lótus de incontáveis pétalas.

(por Khalil Gibran, Livro O Profeta...)

Essa mensagem, belíssima do Livro O Profeta, nos convida a fazer uma viagem ao nosso interior, saber quem somos, por que motivos estamos aqui e prá que serve a existência terrena... Se realmente estivermos entusiasmados com a "viagem", encontraremos respostas...muitas respostas! Busquemos esse "autoconhecimento", encontremos as respostas e sejamos felizes...
Um feliz final de semana e muita luz sempre!
Nice.



sábado, 22 de setembro de 2012

...é Primavera...

Primavera!

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododentros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvi­dos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

Texto do livro: "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998.


Cecília Meireles. também nos ensinou :

"Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira."

É tempo de renascer, florecer, perfumar... Como as  flores !!!
Chegou a primavera!
Um lindo final de semana!
Nice.

sábado, 15 de setembro de 2012

Esperança!

A história da esperança.

"Havia milhões de estrelas no céu, estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, douradas, vermelhas e azuis, verde.

Um dia elas procuraram Deus e lhe disseram: - Senhor Deus gostaríamos de viver na terra, entre os homens.

- Assim será feito, respondeu o Senhor, conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a terra.

Conta-se que naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas, algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos, outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a terra ficou maravilhosamente iluminada ...Porém passado o tempo as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a terra escura e triste.

-Por que voltaram? Perguntava Deus, à medida que elas chegavam ao céu.

-Senhor, não nos foi possível permanecer na terra, lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça...

E o Senhor lhes disse: - Claro! O lugar de vocês e aqui no céu, a terra e o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, onde nada e perfeito. O céu e lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece

depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu numero, Deus falou de novo:
-Mas esta faltando uma estrela, perdeu-se no caminho?

Um anjo que estava perto retrucou: -Não senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, aonde há limites, aonde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.

- Mas que estrela e essa? - voltou Deus a perguntar.

- É a esperança, Senhor, a estrela verde, a única dessa cor.

E quando olharam a terra, a estrela não estava só, a terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa, porque o único sentimento que o homem tem e Deus não têm e a esperança, Deus já conhece o futuro, e a esperança e a própria da pessoa humana, própria daquele que erra, daquele que não e perfeito, daquele que não sabe como será o futuro...

Receba, neste momento, esta estrela em seu coração:

**A esperança**

SUA ESTRELA VERDE... NAO DEIXE QUE ELA FUJA, E NEM SE APAGUE, TENHA CERTEZA QUE ELA ILUMINA O SEU CAMINHO."

Queridos(as) amigos(as), recebi essa mensagem e desconheço autoria...  Considero a esperança uma grande "amiga", está sempre conosco em todos os momentos, quando em determinados dias, aqueles mais difíceis, em que "perdemos o chão", lá está a esperança nos chamando afetuosa, fraterna e convidando a aguardar a soluções que não tardam chegar...
Sempre esperança...sempre!
Um feliz domingo e abençoada semana a todos!
Nice.

domingo, 9 de setembro de 2012

Amor...

Amor Sempre...

Sempre o amor direcionando as vidas.
Para onde quer que se encaminhe o ser, o amor já o
precedeu, demonstrando a grandeza do Excelso Amor.
Amor é a vida em plenitude que constrói, enriquece
e conduz tudo quanto existe.
Sem ele tudo perece e, caso enfraquecesse, todas as
coisas volveriam ao caos do princípio.
Isso porque, Deus é Amor!
O amor alimenta todas as coisas e todos os seres,
equilibra a ordem universal e se alarga na direção do
infinito.
Ei-lo no farfalhar das folhas, nas onomatopeias da
Natureza, no caricioso canto dos córregos, no desabrochar
das flores, no canto dos pássaros e nas vozes dos animais
exaltando a Criação, aí configurado como hino de louvor e
mensagem de eterna beleza.
O ser humano, em razão de sua fragilidade
emocional, no entanto, ainda não consegue senti-lo na
profundidade em que se expressa, caminhando, por isso
mesmo, sem rumo e sem paz.
Uma gota de amor e se modifica a agressão do ódio.
Amor, portanto, a Deus, à vida, a si mesmo, nessa
trilogia em que Jesus sintetizou a própria razão de viver da
criatura humana.
Logo depois, o amor esplendendo na forma
espiritual, familial, como linguagem, sem adeus... e
sucessivamente, o amor sempre.
É o que nos apresenta o livro que está sendo
oferecido ao caro leitor, a fim de que, iluminado e
vitaminado pela sua magia incomum, possa superar as
dificuldades e enfrentar os desafios em harmonia íntima,
avançando para o Amor Total.

Joanna de Ângelis.
(Página psicografada pelo médium Divaldo P.
Franco, na sessão mediúnica do Centro Espírita Caminho
da Redenção, na noite de 02 de abril de 1997, em
Salvador, Bahia.)

sábado, 1 de setembro de 2012

Os excluídos...

Os excluídos

Ao contrário do que o título desta crônica possa sugerir, não vou falar sobre aqueles que vivem à margem da sociedade, sem trabalho, sem estudo e sem comida. Quero fazer uma homenagem aos excluídos emocionais, os que vivem sem alguém para dar as mãos no cinema, os que vivem sem alguém para telefonar no final do dia, os que vivem sem alguém com quem enroscar os pés embaixo do cobertor. São igualmente famintos, carentes de um toque no cabelo, de um olhar admirado, de um beijo longo, sem pressa pra acabar.

A maioria deles são solteiros, os sem-namorado. Os que não têm com quem dividir a conta, não têm com quem dividir os problemas, com quem viajar no final de semana. É impossível ser feliz sozinho? Não, é muito possível, se isso é um desejo genuíno, uma vontade real, uma escolha. Mas se é uma fatalidade ao avesso - o amor esqueceu-se de acontecer - aí não tem jeito: faz falta um ombro, faz falta um corpo.

E há aqueles que têm amante, marido, esposa, rolo, caso, ficante, namorado, e ainda assim é um excluído. Porque já ultrapassou a fronteira da excitação inicial, entrou pra zona de rebaixamento, onde todos os dias são iguais, todos os abraços, banais, todas as cenas, previsíveis. Não são infelizes e nem se sentem abandonados. Eles possuem um relacionamento constante, alguém para acompanhá-los nas reuniões familiares, alguém para apresentar para o patrão nas festas da empresa. Eles não estão sós, tecnicamente falando. Mas a expulsão do mundo dos apaixonados se deu há muito. Perderam a carteirinha de sócios. Não são mais bem-vindos ao clube.

Como é que se sabe que é um excluído? Vejamos: você passa por um casal que está se beijando na rua - não um beijinho qualquer, mas um beijo indecente como tem que ser, que torna tudo em volta irrelevante - você inclusive. Se lhe bate uma saudade de um tempo que parece ter sido vivido antes de Cristo, se você sente uma fisgada na virilha e tem a impressão que um beijo assim é algo que jamais se repetirá em sua vida, se de certa forma este beijo que você assistiu lhe parece um ato de violência - porque lhe dói - então você está fora de combate, é um excluído.

A boa notícia: você não é um sem trabalho, sem estudo e sem comida - é apenas um sem-paixão. Sua exclusão pode ser temporária, não precisa ser fatal. Menos ponderação, menos acomodação, e olha só você atualizando sua carteirinha. O clube segue de portas abertas.


Fiquei aqui pensando, refletindo sobre a solidão...na solidão " a dois" e que não se comenta muito... E lembrei de pessoas que, embora vivam sozinhas, nunca sentiram solidão, vivem bem e felizes! Cada um com sua história, com seua anseios... Tem também aqueles que, como diz a "Martha medeiros":

"São igualmente famintos, carentes de um toque no cabelo, de um olhar admirado, de um beijo longo, sem pressa pra acabar."

Vivemos num mundo onde as diferenças aproximam e, as vezes, as semelhaças afastam...Contraditório? Será? pensemos nisso!!! Um feliz fim de semana, com muito amor, aprendendo todos os dias..."amar se aprende amando..." Alguém, em algum lugar já disse isso!
Um abraço...
 Nice.